HISTÓRIA DE CANTOR
“Tentando contar quantas pontas cada estrela tem;
Depois de contar todas as estrelas, acabei morando
em uma delas. E foi, exatamente, na estrela
Em que você dormia sozinha...”
Se eu perguntasse em plena avenida São João, onde Caetano se inspirou para compor Sampa. Em Copacabana, em tarde de sol. Na escalada da badalada descida de pelourinho ou no centro da capital baiana de todos os Santos: Quem compôs esses versos acima? A resposta seria imediata: Caetano Veloso? Chico Buarque? Milton Nascimento? Dorival Caymmi? Não! Essa frase é da música “Todo Amor”, composição de José Maria Pinto, parceria com Orivaldo Fonseca. Ele é o nosso Poeta, Cantor e Compositor. José Maria Pinto Cruz, belterrense da gema, mas naturalizado filho do Paraíso Tapajônico ( Santarém) para onde veio com 11 anos de idade. É funcionário do Infraereo de Santarém na função de Controlador de Tráfego Aéreo.
O PRIMEIRO VIOLÃO
A paixão, que um dia o levaria aos palcos de shows revestidos de aplausos e ecos gritantes com o seu nome, em sons quase imagináveis. Seria um sonho? Não, é a realidade se confrontando com a imaginação de outrora, junto aquele pequeno violão de plástico recebido como o 1º presente mais valioso de aniversário para aquele garoto sonhador. Anos depois se consolidava em sua vida, a magia da música e junto outro violão de Madeira, sem cordas e os dedinhos fazendo os acordes, direitinho como se ecoasse o som desejado.
O DOM DA HIERAQUIA
Trouxe no sangue o dom hiráquico nas mãos e voz abençoada por Deus, da sua querida mãezinha, Dona Rosalba, que dedilhava muito bem um violão e já trazia no peito do lado do coração, a musicalidade para cantar e compor. A temática da época era bolero, mas se dedicava mais nas músicas para a igreja e de festivais, inclusive na primeira participação em festivais, José Maria Pinto cantou uma música composta pela sua mãe, “Aborto.” Não ganhou a classificação, mas colocou seu nome no cenário musical da cidade. A família vivia o dom musical. Seu pai, Manoel Severino tocava violino e filho mais velho, Carlos, também toca violão, canta e compôe músicas para a igreja.
A MULHER COMO TEMA
José Maria Pinto seria o nosso Pelé na músicalidade, pois está em todas as tonalidades e diversificações musicais. Aos 14 anos já se infiltrava nas rodas de serestas, entre os adultos cancioneiros e quando lhe davam uma canja, cantava suas composições ou da sua mãe.
Nosso Poeta canta e compôe para inaltecer a classe feminina, tanto, que já fez enúmeras canções com nomes de mulheres amadas e idolatradas com o seu grande talento.
REI DOS FESTIVAIS
Participou de sete festivais e ganhou quatro. Em 1991, participou e ficou em primeiro lugar com a música, Cantadores, com parceria de Alderico Pinto. Em 1992, foi para o braço festivo, quando ganhou pela segunda vez o Festival de Música santarena, com parceria do Poeta Messias, com a música, Mentiras de Caboclo.
Em 1994, fez amizade com o amigo e colega de trabalho, Orivaldo Fonseca, o qual se tornou parceiro da música tricampeã dos festivais, "Nuas e Cruas". Depois de praticamente seis anos sem festivais e sem participar, José Maria Pinto veio com tudo em 2001, com a mesma parceria de Orivaldo Fonseca ficou com o 2º lugar, com uma das músicas mais tocada por ele, e outros cantores, a Canção, Mr, Brown. Em 2002, José Maria Pinto ficou com o terceiro lugar, com a linda canção,"Sem coroa e coração", de parceria com Orivaldo Fonseca. Sua última participação nos festivais foi no ano de 2003, quando venceu mais uma vez o primeiro lugar com a música Belém de Ônibus, desta vez com parceria de Domingos Diniz.
DIVERTIFICAÇÃO MUSICAL
Para o nosso poeta não existe temática única, faz música por amor e dom, quando a inspiração vem tudo pode acontecer, desde que seja com amor. A sua primeira toada feita para Boi Bumbá foi gravada em 1993 para o Garantido, entitulada pelo Grupo Regional Vermelho e Branco, “Amor Santareno”. Depois vieram outras, como “Alegria” e “Sou Encarnado”, com parceria de Manoel altemar. Vários carimbós, Sambas de enredo, valsas, marchas, e outros gêneros a mais, faz dessse nosso poeta, um cantor e compositor dos mais divertificado. Porém sua praia maior é a sólida Música Popular Brasileira e, faz como poucos.
A NOITE É UMA CRIANÇA
Com a sua voz privilegiada e tonalidade acima de qualquer suspeita, arranca apalusos e simpatia do seu publico seleto e fiel.
Não existe dúvida de sucesso, quando José Maria Pinto está na coluna de mais um show de barzinho. Com um repertório impar para os bons gostos musicais, ele arrasa os mais duros corações nas interpretações impecáveis para os seus fãs de carteirinha, na magia de sua voz e seu violão.
O SONHO REALIZADO EM 2007
Foi o dia que lançou o seu CD autoral, com as mais belas composições de seu rico repertório. Não foi nada fácil, teve de fazer belas jogadas de marking com os patrocinadores amigos e fãs, que com ele estiveram sempre presentes, mas valeu a pena.
Um gosto musical para agradar os mais qualificados estudiosos musicais, entrando nos espaços, não só de qualidade, mas da diversificação musical. Com o título de “Todo Amor” o sucesso de 10 canções se fechou numa paixão imensa de todos aqueles que conhecem o talento de José Maria Pinto.
Todas as suas músicas do CD foram bem aceitas e cantadas na nossa cidade. E todos cantam, Todo Amor, Canção a Mr Brown, A saudade, Catraieiro de Alter do Chão, Amor Distante, Diferente, Aline,Um anjo, A presa do Lobo e Belém de Ônibus.
O GRANDE ENCONTRO
Vai selar uma das grandes parcerias com o também cantor, poeta e compositor Nato Aguiar. O primeiro show já foi realizado no Iate Clube, com muito sucesso e outros virão daqui a pouco, ao som de barrzinho, onde juntos cantam e encantam nas noites do Paraíso Tapajônico. E vem aí um CD Autoral projetado para o final de ano, com certeza sera mais um marco na vida dos dois talentos santarenos de coração, apesar de terem nascidos em outros torrões. José Maria Pinto Cruz, eu o definiria assim: A sabedoria tem valor quando ajuda a pessoa a ser feliz e contribui para a felicidade dos outros. Deus dá o talento; o trabalho transforma o talento em gênio. (Nelso Malacarne – Anna Pavlo)
CLIQUE E OUÇA
Santarém, 26 de Março de 2011.
Raimundo Gonçalves