DIVIRTA-SE COM ESSE JOGO



HOMENAGEM MAZINHO
Quem viu o jogar, não tem dúvida que ele está na vitrine dos astros, como um atacante fora de série. Os mais velhos comentam: nunca mais aparecerá em Santarém, um jogador com tamanha habilidade, rapidez, velocidade e finalização exata dentro da área inimiga. Ele foi o desejo das grandes torcidas, o esperado de cada diretor, pelo futebol de primeira e humildade, acima de tudo. Este atleta exemplar é Francisco Nonato dos Santos, o popularíssimo Mazinho.
Foto com Manoel maria
Jogou no São Raimundo, Fluminense, Bonsucesso e no São Raimundo (AM). Sua timidez quase impede de ser um jogador em clubes tradicionais, segundo ele, era o porte físico que o impediam de jogar entre os mais avantajados fisicamente. O inesquecível Miléo, cabeça de área do São Raimundo conhecia muito bem o neguinho endiabrado com a bola nos pés, desde o tempo de Coroa de Areia, área principal das boas peladas de praia da época. E quase cansou de convidar Mazinho para ir treinar no São Raimundo. “Eu não tinha medo, era um pouco de vergonha, com um corpo fino, altura de menino no meio de jogadores grandes e fortes, me perguntava: O que vou fazer aí no meio deles, afinal era o São Raimundo de grandes atletas.” Mas, esse temor não durou muito tempo, até que o Miléo conseguiu levar o garoto de 16 anos para a Toca Alvinegra. Nos treinamentos Mazinho foi lançado como meio de campo, logo agradou o treinador, toque de bola preciso e muita habilidade, demonstrou dentro de campo um domínio de bola fantástica e a audácia de ir ao ataque e finalizar com precisão, fato que logo chamou a atenção do técnico. Com o passar do tempo e dos treinamentos, Mazinho foi provido para ser o reserva do meio campo, ídolo do time Cacete (João Góes), conhecido por sua alta habilidade dono da camisa 8 do time há mais de década.
FOTO DO MAZINHO 18 ANOS
Porém, nosso craque jamais imaginou que sua estréia estava para acontecer num jogo oficial e de campeonato, mas, aconteceu. Cacete estava contundido e não tinha condições de jogo, logo Mazinho foi escalado em seu lugar no meio campo, contra o Norte Clube, o neguinho como era carinhosamente apelidado, deitou e rolou, imaginem, fora da sua real posição, que era de centro avante. Fez dois belos gols na vitória de 3x1. A torcida sentiu que estava ganhando um novo ídolo. A partir deste jogo o treinador criou juízo e colocou Mazinho na sua real posição e ele virou dentro do clube um dos maiores atacantes da sua geração. Como prêmio de pé quente veio o seu primeiro título em 1957, com bases de jogadores que já eram consagrados e outros como ele chegando no time titular. Orlando Cota, Nego Otávio, Rubens Cachorro, Goitinho,  Cacete, Adir, faziam parte dos mais experientes, enquanto o próprio, Mazinho, Zé Maria, Truíra, Getúlio, João Gogó, começavam a brilhar como novos ídolos. Além dos demais que vaziam parte do grande elenco. Jogando entre jogadores experientes, Mazinho ganha o seu primeiro título com 18 anos de idade.

Foto com vava
O craque faz um comentário à parte, do desportista mais apaixonado pelo ao Raimundo, Dr. Everaldo Martins. Quando chegou a Santarém ele tinha tudo para ser torcedor do São Francisco, afinal em Belém era Leão Azul de coração, mas, o destino quis que fosse um dos mais ilustres torcedores do  Pantera  santareno e fizesse pelo clube tudo para o São Raimundo se tornar um time vibrante e respeitado na cidade e em todo Oeste do  Pará.  “Everaldo Martins era o princípio, meio e o fim dentro do São Raimundo, tratava seus jogadores como filhos, as vitórias eram sempre comemoradas com festas e nas derrotas chegava a chorar junto com os jogadores, ele foi o mentor de um dos melhores esquadrões do Pantera, chamado “Escrete de Ouro”. Nunca vi em Santarém nenhum torcedor ou diretor tão fanático pelo seu clube como o Dr. Everaldo Martins.” Mazinho relembra com saudosismo uma das peripécias  do Dr. Everaldo Martins pela vitória do seu clube. Certo Campeonato, os atacantes do time estavam fazendo poucos gols nas vitórias e ele queria que o time marcasse muitos gols em uma partida, principalmente quando fosse contra clubes de Menos expressão no certame para ter saldo de gols.

Srec de branco
O próximo jogo era contra o São Cristóvão, o diretor fanático fez uma reunião com os atletas bem antes do jogo e pediu que todos se esforçassem o máximo e aplicasse uma sonora goleada no  adversário para ganhar mais moral contra o seu mais temido rival. Prometeu um bicho gordo para quem fizesse gol. Dentro de campo com o aval do capitão Inacinho, fecharam um acordo de fazer de Mazinho o artilheiro do jogo e assim ele repartiria o montante com os demais jogadores. E começou a triste sorte do São Cristóvão, a cada gol do Mazinho. Everaldo Martins vibrava correndo de um lado para outro. Quando o nosso artilheiro marcou o 8º gol, o médico gritava da beira do campo, tá bom Mazinho, chega de fazer gols. Não se sabia se era por pena do adversário ou do bolso, aflito o diretor chamou Inacinho à beira de campo e falou: Diga ao Mazinho que ele está proibido de fazer mais gols. Inacinho se aproximou de Mazinho, e o goleador perguntou: O que ele falou? Como quase todos nós conhecemos o negão. Correu e chegou ao ouvido do Mazinho e falou: Companheiro, o homem quer mais gols!  Imaginem a duas situações, do São Cristóvão e do bolso do saudoso Everaldo Martins.
Foto de ouro branca
A tristeza e desespero do médico quando soube que o seu artilheiro estava de malas prontas para ir jogar em Manaus. Mazinho tinha arrebentado nos jogos amistosos contra o Flamengo (RJ) e Bahia, sempre marcado pelo Ditão Flamengo e Sapatão Bahia, dos gigantes no tamanho e na malvadeza, Mazinho conseguia ser o cara, deixou os dois várias vezes a ver navios. Na arquibancada estava um cartola amazonense, que já vinha desejando Mazinho para o seu São Raimundo amazonense e depois de ver o neguinho bom de bola, não teve mais dúvida e assediou o artilheiro com um bom salário e mordomias na capital amazonense. De inicio Mazinho ficou em dúvida, mas, o Dadinho, outro grande jogador do São Francisco queria jogar em Manaus, com a companhia nosso craque e Mazinho aceitou. O drama da despedida de Mazinho quase levou o Dr. Everaldo Martins à loucura, quando soube da sua viagem correu com alguns de seus diretores e foi no barco buscar Mazinho, mas não conseguiram encontrá-lo. Mazinho se enrolou na rede entre tantas outras e fingiu que dormia, assim não conseguiram encontrá-lo. Em Manaus foi jogar no São Raimundo, tornou-se ídolo e até jogou na seleção amazonense. De volta a Santarém voltou para ganhar mais título ao seu São Raimundo.
Foto do título 64
Uma das figuras principais dos títulos de 1963, 1964 e 1966, era mais que um esquadrão de clube. Genésio, Pedro Nazaré, Piraca, Santos e Javali; Miléo e Amiraldo; Vavá Araújo, Mazinho, Inacinho e Goitinho. No ano seguinte: Genésio, Pedro Nazaré, Piraca, Santos e Chico Cutite; Miléo e Amiraldo; Vavá, Mazinho, Inacinho e Paraguaio. E na era Manoel Maria: Genésio, Pedro Nazaré,  Inacinho, Ricardo e Brito; Caramuru e Amiraldo; Manoel Maria, Mazinho,  Inacinho e Nazareno. Tinha cadeira cativa em todas as seleções santarenas da sua era. Hoje, Mazinho continua com o seu Pantera no coração e sempre é visto no Estádio Colosso do Tapajós,  torcendo pelo seu clube de coração. Mazinho com 74 anos bem vividos, mas ainda se parece como um garoto.
Santarém, 20 de Junho de 2013
Raimundo  Gonçalves.

NATINHO VIAJOU PARA SEMPRE

Não sei por que você se foi, quanta saudade eu sentir, e 
de tristeza vou viver e aquele adeus não pude dar.
Você marcou em minha vida, viveu morreu na minha história, chego a ter medo do futuro e da solidão, que em minha porta bate.
E eu, gostava tanto de você, gostava tanto de você. 
Eu corro e fujo desta sombra, em sonho vejo este passado e na parede do meu quarto, ainda está o seu retrato, não quero ver pra não lembrar pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você.
E eu, gostava tanto de você, gostava tanto de você...
Escrever sobre a arte desses indiscutíveis atletas, que brilharam e brilham no nosso futebol. Não é dever de quem conhece um pouquinho das suas histórias, nem divulgação para jornal. Faço isso por amor a esses grandes heróis, que logo, logo são esquecidos pelas próprias vozes, que um dia aclamaram seus nomes nos estádios e pelos comandos, que gritaram em ecos de vácuos de montanhas, que esses ídolos são seus, mas o tempo e o desgaste das presenças, como ídolos aos poucos são esquecidos. E é por isso fiéis leitores deste importante jornal, que me dão o prazer imenso de ler essas minhas humildes matérias, que não deixam esses nobres artistas, que já fizeram tantos torcedores rirem, chorarem, se emocionarem, gritarem, aplaudirem, xingarem, tudo em nome do futebol, onde o principal ator é o jogador. Faço com uma paixão incalculável, a precisão da significativa missão deles aqui na terra para todos nós. E quando percebo o dia de seu aniversário e que sua memória já se fez algum tempo, aproveito o dia festivo deles para renovar em homenagem, daquele feito que muito lhe orgulhe, do seu passado já esquecido por muitos. Então, vocês nem imaginam a minha emoção quando recebo um simples: “Muito obrigado por ter se lembrado de mim”. Mas, quando é para eu fazer a homenagem pelo seu falecimento, minha alma chora, sinto-me como um “País Digno” quando perde um de seus heróis. Agora vocês imaginem, quando esse herói é um irmão muito querido, muito amado, como se fosse meu filho, vocês não vão entender a dor, pois nem eu e meus familiares estamos entendendo essa dimensão. Raimundo Nonato
Ferreira da Silva, Natinho, sempre esteve em nossos braços, por isso sentimos o seu peso no afeto, carinho e amor, em todos os seus dias de vida, em família e no futebol.
 Quando ainda garoto estreou no Esporte Clube Santarém, imaginem a nossa figa para que tudo desse certo para ele, dentro e fora de campo. Nossa preocupação não era forçar ele a ser um bom jogador, mas apoiar e torcer para vencer, o que ele esperava dele mesmo, e das cobranças que vinham de fora por ser irmão de ex-jogadores de São Francisco e São Raimundo. De uma família religiosa era impossível ele não ter com seus esforços a ajuda de Deus. E teve. Pouco tempo ainda muito jovem Natinho foi convidado a jogar no Fluminense, me passou a informação como sempre fazia, respeitando os meus conselhos, e disse a ele, que seu Élvio Fonseca tinha um trato verbal amigável comigo e Luiz Gonçalves, que todos jogadores da nossa família, teria que vestir a camisa do Fluminense, clube que abriu as suas portas para o nosso saudoso irmão Elson Gonçalves, ainda muito jovem, portanto ele teria que honrar a camisa do Fluminense Atlético Clube, e honrou como um zagueiro firme e cheio de garra na sua área apesar de ainda inexperiente. Foi com essa responsabilidade e talento que ele apostou em um dia ser campeão na sua cidade pelos grandes clubes. Depois de conversarmos o seu sonho se tornou realidade, quando vestiu a camisa do clube a que era torcedor, São Raimundo Esporte Clube, ali no Panterão. Natinho viveu a sua glória que tanto desejava, foi notável com toda a sua humildade como Campeão. Jogou ao lado de jovens como ele, que subiram da base e até formar uma das melhores dupla de zaga do São Raimundo, com Chico Monte Alegre.
Era o par perfeito, Natinho mantinha o escudo de xerife de sair na frente com garra e determinação para evitar a queda daquela zaga, Chico Monte Alegre, com a sua categoria e muita técnica ficava na espera para administrar o que lhe cabia depois de cada jogada. Sua capacidade de entender que futebol se valia não só do que você tinha de bom jogador, mas de intensa vontade de defender aquilo que lhe era confiado. Por isso não pode dizer não, quando diretores do São Francisco bateram a sua porta, quando precisaram de um zagueiro sério e cheio de garra com técnica suficiente para defender o Leão na Copa do Baixo Amazonas. Assumiu o compromisso e se dedicou como um autêntico profissional em busca da vitória e mais uma conquista na sua vida de atleta. Foi campeão pelo São Francisco, onde teve o prazer de jogar com jogadores de altos níveis como: Zizinho, Djair, Esson Nunes, Dário, Zaqueu, Jorgeney, Gerson Jacaré, entre outros. Todos no Leão Azul santareno sabiam do seu amor pelo Pantera, mas são testemunhas da sua lealdade e fidelidade ao clube que defendia. Quando pendurou as chuteiras por motivos de trabalho e de falta de motivação para se manter em forma e continuar jogando na primeira divisão, preferiu jogar nos campeonatos de subúrbios, onde não tinha que se submeter a horários que atrapalhavam seu trabalho, que às vezes se mantinha aos Domingos e Feriados. Natinho foi funcionário municipal há quase três décadas, onde conseguiu por mérito, ser um funcionário efetivo, na Prefeitura Municipal de Santarém, depois que foi aprovado no Concurso Público. A romaria de automóveis. Motos e irmãos nos dois ônibus acompanhando o seu “Ato Fúnebre” até o Cemitério, Nossa Senhora dos Mártires, onde foi sepultado no Mausoléu dos Gonçalves, sobre discursos emocionantes de amigos e familiares. Foi à prova maior que ele soube muito bem fazer grandes e belas amizades.
Queremos neste momento externar com muita sinceridade a solidariedade que recebemos: Aos médicos, enfermeiras, técnicas em enfermagem, atendentes do Pronto Socorro Municipal, que dentro de suas possibilidades deram o seu profissionalismo para manter nosso irmão vivo. Aos irmãos da sua igreja, que estiveram sempre do nosso lado, os nossos amigos e amigos seus particulares, todos presentes, neste momento de dor nos consolando. A Secretaria Municipal de Trânsito, a qual ele era lotado; obrigado pelo apoio e atenção a nos dado. Seus colegas de trabalho em particular, liderado pelo grande amigo seu, Juarez, vocês estão morando em nossos corações pela demonstração de amor e de fidelidade ao parceiro de jornada, vocês fora marcantes para nossa família. Colegas e amigos jogadores que estiveram juntos em várias partidas estavam também presentes na sua ultima partida, posso dizer em peso. Foram muitos, muito obrigado.
A família. Que ato bonito, todos juntos em só uma caminhada, a solidariedade, onde a dor se espalhava para todos, mas todos juntos se consolavam. Esposa, filhos, filhas, netas, irmãos, cunhadas, cunhados, sobrinhos, sobrinhas, tios, tias.
Todos unidos e fortes, choraram pela perda, mas reconhecendo, que ele já está junto ao Pai maior, na morada que Ele prometeu aos seus filhos, que o amam, e Natinho, foi muito amado pelo Pai, principalmente quando exercia a crença de todos os dias, antes de sair para o trabalho, se utilizar do Livro Sagrado para pedir proteção a ele e aos seus amigos, pelos serviços tão perigoso, que eles exerciam. Era um homem de fé. Obrigado Senhor, por ter consolado membros de nossos familiares que não puderam estar presente, principalmente o seu irmão, Luiz Gonçalves, em tratamento de saúde em Roraima.
Santarém, 11 de Abril de 2013.
Raimundo Gonçalves         


PORQUE MEXER NA CABEÇA?

O São Francisco ver o que estava tudo azul se tornando negro para suas pretensões, que é manter-se no Cenário Elite do paraense. E às vezes me pergunto, como um apaixonado pelo futebol, quais são as pretensões dos nossos cartolas em se posicionar no que é melhor para o seu clube. Fazer o que vem na sua cabeça, incentivado por alguns torcedores e dirigentes, ou se fazer um pouco de sábio com experiências, que não deram certo com outros clubes na mesma competição? A opção escolhida me parece sempre intransigente de comando autoritário sem humildade para pensar o melhor para o seu clube, que pertence apenas aos seus torcedores, o resto são abnegados que fazer por que gostam de futebol, mas sem interesse de aparecer, quem tem que aparecer o clube. O São Raimundo é o melhor espelho para o São Francisco, fizeram tantas bobagens que conseguiram retirar o clube da elite do Futebol brasileiro para estacionar na beira do abismo, e no momento sem forças para tirar do perigo de uma queda maior. Às vezes aconteceram de o time empatar as suas duas primeiras partidas, o treinador já era colocado pra fora, como se eles entendessem de fato de futebol. O resultado está aí para todos os desportistas verem, não é possível que o São Francisco venha a cair na mesma cilada, sabendo o que aconteceu com o seu rival, nas mesmas circunstâncias. Quando mandaram o treinador Osvaldo Monte Alegre ir embora, o time estava bem pontuado e na elite do parazão com folga. O segundo turno apenas começando, como entender essa atitude viciosa dos cartolas arrogantes do sul do país, não pode ser para nós, eles tem poder de contratações, tanto de um novo bom treinador, como de jogadores para se reforçar a equipe. Aqui não, se trabalha sempre no vermelho e com ajuda de torcedores, esses que mais sofrem com as tomadas de decisões às vezes indevidas de diretores. Senhores diretores que tomam decisões precipitadas com argumentos dos que fazem também lá para as bandas do sul, sudeste, entre outros, clubes grandes também sofrem goleadas, não se envergonhem, isso é do futebol, me parece que certos diretores caíram na desconfiança do treinador Osvaldo, por causa da goleada sofrida diante do Paysandu. "Se vocês não estão lembrados e nem querem lembrar, depois que o São Raimundo levou uma tremenda goleada do Paysandu em plena decisão do parazão foi que ele conquistou o campeonato brasileiro da Série D. Futebol não se faz só de vitórias, as derrotas são estimulantes para novas viradas de conquista. Foi triste ver o novo treinador do São Francisco perdido na escalação e substituição nos jogos que ele comandou. Por quê? Ele não conhecia os jogadores do elenco do Leão do Tapajós, ele se dirigia ao João Pedro, Maurim, já conhecidos por nome, mas nem sabia como eles estavam técnica e fisicamente, enquanto o jovem promissor atacante azulino Elielton fica no banco, o treinador tem culpa? Aonde o treinador Osvaldo Monte Alegre errou? Em perder para o Paysandu! É pecado mortal no Leão perder para o Campeão do primeiro turno e primeiro colocado do segundo? A diretoria não levou a sério os desfalques do elenco nas partidas iniciais, até declarou na imprensa que estava mostrado que o elenco do Leão estava com substituições a altura, caso alguns titulares não pudessem jogar. Lamentamos esse momento negativo dentro de campo que o São Francisco vem passando, principalmente pelos seus torcedores, que as vezes ainda são acusados de não prestigiarem o clube no estádio. Neste momento os diretores devem se unirem e refletirem com humildade o que podem fazer para reverter essa situação incômoda, enquanto ainda tem tempo para esse retrocesso significativo, do contrário fatos desagradáveis podem surgir futuramente com o grande projeto do Leão doTapajós. Coerência, humildade, sabedoria...

Santarém, 16 de Março de 2013

Raimundo Gonçalves

Morre o ex-técnico e fundador do São Raimundo David Natanael


Foto: Arquivo de Raimundo Gonçalves


Morreu na madrugada deste domingo(27),ex- treinador Davi Natanael Pai de Manoel Maria, craque que jogou ao lado do Rei Pelé no Santos(SP). Davi foi um dos fundadores, jogador, e técnico do São Raimundo.
Foi presidente da Liga Esportiva de Santarém e também foi técnico do São Francisco. Davi Natanael morreu aos 87 anos, de infarto. Seu corpo está sendo velado na Igreja de N.S de Fátima, o sepultamento será hoje logo após a missa de corpo presente às 15h30.
O TREINADOR DE FUTEBOL
Numa experiência esporádica, foi Técnico da Seleção Santarena em 1947 em alguns amistosos. De retorno a Santarém passou a exercer definitivamente a missão de treinador, assumindo a diversos clubes, por cerca de duas décadas:
Técnico do SREC em 1973, 1974, 1975, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1983, 1984, 1987
Técnico do Fluminense em 1979, 1981
Técnico do SFFC em 1979, 1980
PRINCIPAIS TÍTULOS CONQUISTADOS
Campeão Santareno 1963, pelo SREC
Campeão do Torneio da Amizade 1974
Campeão Santareno em 1974, pelo SREC
Campeão Santareno em 1975, pelo SFFC
Campeão Santareno em 1977, pelo SREC
Campeão Intermunicipal 1978, com o SREC
FATOS IMPORTANTES DA VIDA COMO TREINADOR
VITÓRIA SOBRE A SELEÇÃO OLÍMPICA DO BRASIL
15.09.1968- Estádio Municipal Adherbal Corrêa(Amistoso Interestadual): S Raimundo 3x2 Seleção Olímpica do Brasil- 1x0 Pelezinho; 2x0 Pelezinho/2x1 Ferrete; 3x1 Cabinha e 3x2 Ferrete- SR: Surdão- Pedro Nazaré, Ricardo, Inacinho e Brito- Jurandir(Antonio Wilson Formiga) e Bosco- Manoel Maria(Caveirinha), Pelezinho, Dote e Nazareno(Cabinha)- Téc: Valdo Abdala(Recuperando de uma cirurgia). No banco: David Natanael e Josué Monteiro. Dote ainda desperdiçou uma penalidade em favor do S Raimundo no 1º Tempo- Manoel Maria jogou o 1º tempo pelo S Raimundo e o 2º pela Seleção a qual pertencia. Presidente da FPF: Péricles Guedes de Oliveira. Obs: O Técnico Valdo Abdala se recuperava de uma cirurgia, ficando protegido do sol nas arquibancadas cobertas.
TÉCNICO DE MANÉ GARRINCHA
10.03.1973- Elinaldo Barbosa, sábado(Amistoso- Promoção do Rotary Club): S Raimundo 1x2 S Francisco- Ismaelino Santos- Arthur da Cruz Martins Neto e João Cordeiro(Miquinha)- 1x0 Carlos Alberto(SR)/1x1 Odil e 2x1 Mané Garrincha(SF), de calcanhar- SF com Alaércio- Guajará, Darinta, Nando e Ferreira- Bené, Mirandinha e Abdala(Edu)- Doca(Garrincha), Laurinho e Navarrinho- Téc: Emanuel Rodrigues. SR com Pedrinho- Odair, Inacinho, Maromba e Zé Carlos- Dão, Antonio Walter e Baiano- Garrincha(Caveirinha), Carlos Alberto(Papita) e Petróleo- Téc: David Natanael. Obs: 1ª e única apresentação de Mané Garrincha em Santarém que atuou no 1º Tempo pelo S Raimundo e no 2º Tempo pelo S Francisco. Ocorreu veemente manifestação de protesto por parte da torcida alvinegra, insatisfeita com a decisão da arbitragem em validar o gol de Garrincha que teria “ajeitado a bola com a mão” no lance do gol. O zagueiro Inacinho que agrediu ao árbitro por haver validado o gol foi expulso de campo e depois punido com um ano de suspensão
RAIxFRAN DA INAUGURAÇÃO DO BARBALHÃO
11.03.1987- Em Santarém, o governador do Estado Jader Barbalho que deu o ponta-pé inicial ao jogo, inaugura, à noite, 20h00, uma quarta-feira, o Estádio Barbalhão(Disputa do Troféu Governador Jader Barbalho): S Francisco 1x1 S Raimundo- Ismaelino Santos(1º Tempo)- Auxiliares: Antonio Lopes Miranda e José Luis Pereira Pessoa- Antonio Lopes Miranda(2º Tempo)- Auxiliares: Ismaelino Santos e José Luis Pereira Pessoa- 1x0 Valdir Almeida(SF), 10/1x1 Hermes, 24- Pênaltis: 4 a 2 para o S Francisco que conquistou o Troféu com: Joaci- Djair, Zé Augusto, Rubinho e Géo- Zizinho, Léo(Ailton) e Zequinha Franco(Cabecinha)- Valdir Almeida, Ageu(Bigorrilho) e Haroldo(Zerino)- Téc: Tomé Guimarães. SR: Pedrinho- Jurandir, Chico Monte Alegre, Mano e Nildo- Tela, Dário(Zaqueu) e Tostão- Ivan Costa(Zuza), Aldo, e Hermes- Téc: David Natanael.
O TÍTULO DA DESPEDIDA
05.04.1987- Elinaldo Barbosa(Copa da Amizade- Decisão): S Raimundo 1x0 S Francisco- José Luiz P Pessoa- 1x0 Tostão, 12 do 2º tempo- SR Campeão com Pedrinho- Chico Monte Alegre, Jurandir, Zé Augusto e Nildo- Chico Belterra, Dário e Tostão- Zerino, Aldo e Hermes(Carpegiane)- Téc: David Natanael
Fonte: OTI SANTOS/Arquivo Pessoa

HOMENAGEM A NATINHO



Estamos parabenizando, Raimundo Nonato Ferreira da Silva, o Natinho. Irmão do saudoso Elson Gonçalves, José Gonçalves, Luiz Gonçalves, Cláudio e Raimundo Gonçalves,como se diz em família, o irmão mais criança, também cresceu com a grande expectativa de um dia ser jogador de futebol, como via seus irmãos nos clubes que jogaram. Neste final de mês, precisamente em, 31/08 completará mais um ano de vida.

 Natinho, como é chamado carinhosamente teve o seu sonho realizado, foi jogador de futebol e defendeu os clubes mais tradicionais da nossa cidade. São Raimundo, São Francisco, Fluminense e Esporte Clube Santarém. Conquistou títulos significantes. Sua posição foi de zagueiro, preciso nas antecipações e dono de uma garra impressionante e foi apelidado de Xerife.Pode-se considerar o seu maior desempenho em Santarém, quando formou a dupla de zaga do São Raimundo, com o excelente atleta, Chico Monte Alegre. Natinho é por nós considerado um vencedor, tanto dentro dos campos de futebol quando atuava como atleta, como na vida cotidiana. Tem recebido várias provações da vida e sobrevivido com muita é vontade de viver, numa delas chegou a ficar alguns dias na UTI, mas, forte na fé na perseverança ele vai passando por esses obstáculos da vida sem seqüelas significantes fisicamente, tem sido abençoado por Deus. Ultimamente teve que conviver outro drama familiar, quando sua esposa Maria José foi internada em estado de risco de morte, mas graças a Deus, hoje já está em recuperação acelerada.

 Portanto, é notável que todas as pessoas de bem passem por provações diversas para continuar acreditando, que nasceu para dar certo, mas sem se descuidar da vida espiritual e com certeza esse grande homem, que completa mais um ano de vida, neste final de mês, deu também muitas alegrias aos seus admiradores e torcedores de seus clube, que ele pode defender com garra, técnica e seriedade, o coloca hoje sempre seu nome em evidência como um dos nomes que marcaram dentro do nosso futebol. Ainda garoto vestiu a primeira camisa de um clube da 1ª divisão, Esporte Clube Santarém. Nosso craque só participou dos primeiro jogos do campeonato, foi servir o exército no 53º BIS de Itaituba.Cheio de garra e muita sede de bola Natinho aceitou o convite de um amigo seu, Ita, que já morava na cidade Pepita para jogar no América, o clube que o saudoso Espadim era o patrono.

O jovem zagueiro brilhou em Itaituba, mas não se esquecia da sua cidade e nem do clube que defendia o Esporte Clube Santarém, quando conseguia uma boa folga, se mandava para Santarém para defender o clube do seu irmão Luiz Gonçalves, que teria falado que o seu time estava classificado entre os quatro para decidir o primeiro Turno do certame. Natinho de folga do exército viajou para Santarém, na cidade quase na hora do jogo, se juntou ao elenco e ficar a disposição do treinador, seu irmão. Esse jogo era contra a equipe do São Raimundo, quem ganhasse se classificaria para a decisão com o vencedor do outro jogo. Expectativa total para esse jogo, pois o Esporte Clube Santarém fazia uma excelente campanha no 1º turno e a torcida acreditava numa boa atuação, por isso recebeu toda a torcida do São Francisco que foi ao Estádio Elinaldo Barbosa torcer a seu favor.  Esse seria jogo mais importante do tricolor da Aldeia, era o jogo da classificação, era a primeira vez que o esporte Clube Santarém tevera a oportunidade de brigar dentro de campo pela classificação de um turno e ficar entre os finalistas. Natinho ficou no banco, o time para entrar jogando estava treinando há uma semana, Luiz Gonçalves não podia mexer no esquema, afinal era para enfrentar uma das feras da cidade.

O Pantera fez 1x0, o Esporte lutava para não decepcionar a grande torcida do seu lado, mas, o placar se mantinha, foi quando Luiz Gonçalves chamou Natinho e vai lá e incentiva o pessoal a pelos menos empatar esse jogo. Nosso craque fez muito mais, entrou chamou a moçada para cima e num dos cruzamentos na área inimiga, ele cabeceou para dentro, fazendo um golaço, e o gol que deu o direito ao Esporte Clube Santarém ir para as penalidades e decidir o 1º turno. Porém, a garotada nervosa perdeu nas penalidades. No ano seguinte, cumprindo o tempo de exército, Natinho retorna a Santarém e também para o Esporte Clube Santarém. Sempre se destacando como zagueiro fez um bom campeonato para no ano de 1982 receber um convite do saudoso Zé Lopes, então presidente do Pantera para fazer parte de uma renovação que o São Raimundo fazia no seu elenco. Natinho aceitou, afinal jogar no São Raimundo era tudo que ele queria. Lá estavam de fatos outros jovens como: Gilmar, Roberto, Arnaldinho, Gilson, Paulo Formiga, Gato, Carpegiane, Nildo, Naldo, Efrem, Paulinho. E assim começou a sua trajetória no clube alvinegro. Junto com os demais jovens participou de uma equipe muito boa mesclada de jovens e experientes na época, mas, com a arbitragem contra foi impossível ganhar alguma coisa: Bianor, Manguito, Natinho, Chicão e Nildo; Chico Belterra, Zaqueu e Carpegiane; Aldo, Mano e Barriga.
O esquadrão que sucumbiu nas coisas do futebol, quando favoritíssimo perdeu a disputa do título, elenco considerado quase imbatível: Pedrinho Moreira, Edniz, Natinho, Chico Monte Alegre e Rubiney; Hailton, Carpegiane e Tostão; Thiago Amorim, Gilson e Gerson Jacaré, a perda desse título a torcida nunca esqueceu. E assim Natinha se firmava como um dos grandes zagueiros da nossa cidade. O saudoso, Pinta Cuia levou Natinho para o Leão e brilhar na Copa do Baixo Amazonas, como zagueiro foi o artilheiro do certame, neste elenco: Jorgeney, Djair, Natinho, Jeferson e o saudoso Edson Nunes; Zaqueu, Dário e Zizinho; João Corrêa, Gerson Jacaré e Wanderley. Defendeu também o Fluminense de: Francinelson, Da Silva, Natinho, Pedrinho Cumatê e Lélio; Balãozinho, Peba e Chaguinha; Zezinho, Bigorrilho e Édson Juruti. Para depois retornar ao São Raimundo e ser Campeão em 1995, num dos maiores esquadrão alvinegro.

HOMENAGEM MIRA



Eles fazem parte do time, com lealdade, conhecimento e dedicação no que é a eles responsabilizado. Chegam a fazer milagres, segundos alguns dirigentes mais fanáticos. Eles são os eternos massagistas, infalíveis na beira do campo a qualquer time de futebol. Em Santarém já tivemos vários que chamaram atenção, mas, nenhum como o saudoso Luciano Santos (Lacrau), meio folclórico,  porém, de uma competência  ímpar para curar contusões em tempo recorde. Finalmente és que surgiu o mais comentado massagista da atualidade, já trabalhando a tempo com muita competência e dedicação a nobre profissão. Manoel Miramar Brito Pedroso (Mira).  Nascido na localidade de São Braz veio para Santarém ainda criança foi morar com seus pais adotivos na Av. Mendonça Furtado nos anos 60.
 Nunca passou pela sua cabeça um dia ser massagista, mas a loucura pela bola era notável para o garoto Mira. Porém ser introvertido lhe custava caro a chegar onde desejava. Com cheiro de bola, a tarde chegava de mansinho no campo do Veterano para assistir o treino do Bonsucesso, na expectativa de faltar um para ele ser convidado a treinar. E assim o nosso homenageado chegou também ao Veterano, mas dizia que era difícil jogar como titular. Convidado pelos colegas foi parar no São Raimundinho, comandado pelo seu Hildon Santos. E veio a primeira decepção, o time chegou bem na decisão do campeonato, ele como lateral esquerdo.Num jogo decisivo contra o São Francisco, os dois goleiros do Pantera não apareceram. Léo, meio campista, apontou o salvador da pátria para ser o goleiro improvisado, Mira. Como ele não sabia dizer não, aceitou o desafio, pois o São Raimundo jogava pelo empate. Para os atletas ficarem mais nervosos, no jogo de fundo era um estrondoso RaixFran, Elinaldo Barbosa lotado. O jogo prosseguia 0x0 e faltava menos de cinco minutos para terminar e o Pantera se sagraria campeão. No ultimo ataque do Leão, Léo, fica com a bola, mas acossado pelo atacante azulino e assim resolveu recuar para Mira. O goleiro se abaixa para encaixar a bola e a mesma devia e passa por baixo da sua perna.
Gol do São Francisco e a perda do título quase ganho. Imaginem o que o nosso goleiro passou depois desse frangão com o estádio lotado. Depois do estrago, mais taludo passou pela equipe do Náutico foi jogar o campeonato suburbano pelo Translider, do desportista Luiz Simões. Ali sim, conseguiu o seu primeiro título e outros que vieram a seguir, com os companheiros com essa formação: Rui, Gato, Barba, Cachorro e Mira; Meca, Ismael, Mário e Pintinho; Dorivaldo e Arrouba. Nosso homenageado começou a parecer no campeonato suburbano como lateral esquerdo e foi convidado para jogar no campeonato interno doTropical Hotel, hoje Barrudada para defender a equipe do Tupaiú, do desportista Oti Santos. Mira não só jogava de lateral como meio campo, característica do seu filho Maurian dentro de campo. Apareceu senhor de nome Clodoaldo, que estava hospedado no Hotel e que acompanhava os jogos internos e gostou do Mira como atleta e ofereceu uma passagem para ele fazer um teste no Botafogo de Ribeirão Preto. Nem pensar em sair de Santarém para ir onde não conheço ninguém, pensou Mira. Se era verdade daquele senhor não pôde saber, pois não aceitei sair de Santarém.
Nesta época começou a sentir algo que lhe chamava a atenção, e o seu sonho vinha à tona era se tornar um ortopedista, quando via um companheiro seu ou assistindo jogos, alguém se contundir, falava: Vai lá em casa, que eu massageio o baque, e fazia isso com dedicação e com muita seriedade. E assim nasceu o Mira, Massagista. O primeiro convite saiu do ex-goleiro do São Francisco Jorgeney. Como o massagista Maia tinha colocado o Leão na justiça, o clube ficou sem massagista e Mira aceitou. Trabalhou no São Francisco de 1996 a 1998. No ano seguinte deu uma passada pelo Flamengo e se dedicava ao Futsal trabalhando no elenco da Pulga. Em 2000 foi convidado a trabalhar no Pantera e em 2001 foi para o Fluminense, onde foi campeão. Retornou ao São Raimundo em 2002 e lá ficou até 2006. No ano seguinte percebeu que seu filho Mirinha estava no seu mesmo caminho, abraçando a mesma profissão, conversou com o filho e mostrou que apesar de todos pensarem que a profissão é fácil, mas não  é nada disso e ajudou o filho a concretizar o seu desejo. Continuou no São Raimundo apenas assessorando o seu Mirinha para ele desenvolver um grande trabalho no clube alvinegro e lá ficou até o título de Campeão Brasileiro.

 Sempre atento e acompanhando a trajetória do clube em 2009. Mira chama a esposa e mostra uma faixa, que mandou o João Paulo confeccionar para o São Raimundo, dois meses antes do Pantera ganhar o título. A frase de efeito era: “O sonho vira realidade”. Seu filho Maurian, atleta do São Raimundo, após terminar o jogo decisivo comemorava dentro de campo, balançando a faixa protagonizada pelo seu pai há dois meses antes de tudo terminar. Uma profecia que deu certo, mas, Mira não parava por aí. No ano de 2010 foi novamente convidado para trabalhar no São Francisco, que foi participar da segundinha, lá estava Mira, porém, não deu e o Leão saiu antes da hora. Para 2011 aceitou novamente um novo desafio e foi com o São Francisco para uma nova arrancada, e dizia consigo mesmo, o Leão precisa dar a volta por cima. MIRA nos conta que não foi fácil para o Leão, cada jogo era uma decisão e com muita gente não acreditando que o clube azulino passaria para uma próxima competição. Mas, Deus fica do lado de quem trabalha com a verdade e quer o melhor para todos, desabafava Mira. Quantas angústias e revolta por erros de arbitragem sempre contra nós, mas, todos estavam unidos em só um pensamento, a classificação, narrava o homenageado. “Lembro de alguns diretores que já se conformavam apenas na classificação fora da segundinha, porém, a conquista para a Elite do Parazão foi um prêmio pela luta daqueles que acreditavam no time. Depois de uma viagem em que o São Francisco continuava na luta pela classificação para a Elite.
Ao chegar em casa, falei para a minha esposa. “Vou lá no João Paulo”. A esposa respondeu: O que você vai fazer? “Deixa comigo, respondi.” Dentro de mim, eu dizia: “Seja o que Deus quiser!” E novamente Mira foi até o amigo João  Paulo e pediu para o mesmo fazer outra faixa, só que agora seria de outras cores e para o Leão, com a seguinte frase: “Há dez anos eu sofrir, hoje eu voltei a sorrir.” Talvez o amigo João Paulo achou o Mira meio louco, prevendo algo muito difícil, mas ele era o cara, acertou em cheio. São Francisco na elite do futebol paraense e o mesmo Maurian correndo no campo com a faixa, mostrando mais uma premeditação do seu pai carismático com suas previsões. Depois de um restabelecimento de saúde, Mira continua firme dentro do futebol santareno. Ao lado de seus familiares: Dona Lélia sua esposa e os filhos: Mulato (34), Mauro (31), Mauri (29), Maurian (27), Mirinha (25), May (23), Maurício (20), Maíra (19) e Piluco (17).

Santarém, 27 de Outubro de 2012.
Raimundo Gonçalves.          

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