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LENDAS NOSSAS


Por: Raimundo Gonçalves
RIO AMAZÔNAS
Essa é mais uma das nossas lendas, criada pelo imaginário popular brasileiro. E uma das mais famosas, proclamada em versos e prosa, endeusada em poemas e músicas dos nossos cantores e compositores brasileiros. É contada, que durante muito tempo havia na selva amazônica um casal apaixonado que esperava um dia se casar e viver uma eterna paixão no meio da floresta. Ela se chamava Lua e encantava com suas vestes prata. O noivo chamava-se Sol e seduzia a namorada vestindo-se de ouro. O amor deles era como uma chama acesa que ardia de paixão o coração de cada um, tipo de Romeu e Julieta num ambiente totalmente selvagem. A Lua era a dona da noite e o Sol dono do dia. Porém, mal eles sabiam que o destino lhe reservava um triste fim. Uma maldição pairou sobre o relacionamento deles, impedindo que os dois casassem e fossem felizes para sempre, como sonhavam. Caso insistissem, o mundo se acabaria.
No lindo verso da música, a Flor e o Espinho, de Nelson Cavaquinho já lamentava o romance impossível. “Eu só errei quando juntei minh’alma á sua, o Sol não pode viver perto da Lua.” A maldição dizia que o ardente amor de Sol deixaria em cinza toda a terra, enquanto o choro triste da Lua inundaria toda a superfície da terrestre.
Essa condição abalou terrivelmente o casal que mesmo apaixonado, como poderiam se casar? E uma dúvida passou atormentá-los: A Lua apagaria o fogo? E Sol faria toda água evaporá? Então, Lua e Sol não puderam se casar e decidiram se separar.
A lenda diz que a Lua chorou tanto, mais tanto, que foi além da nossa imaginação, foram lágrimas roladas um dia e uma noite que suas lágrimas escorreram por morros sem fim até chegar ao mar. Este já com tanta água não pode absorver o que saia dos olhos da Lua.
Sem conseguir um rumo para desaguar, a consagração do volume escavou um imenso vale, formou serras e um gigante rio apareceu batizado de Rio Amazonas, também chamado de Rio-Mar da Amazônia, que nasce no Peru e deságua no Oceano Atlântico. Uma das lendas mais famosas da nossa Amazônia deslumbrou e inspirou os nossos compositores de Sambas de Enredos, Catoni, Jabolô e Waltenir a criar a magnífica obra rara musical, em homenagem a Escola de Samba do Rio de Janeiro, Portela, que de tão lindo, o samba foi para avenida em dois desfiles fenomenal, em eras diferente, aplaudido de pés nos dois, pelo público carnavalesco.


LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA  
Nesta avenida colorida
A Portela faz seu carnaval
Lendas e mistérios da Amazônia
Cantamos neste samba original
Dizem que os astros se amaram
E não puderam se casar
A lua apaixonada chorou tanto
E do seu pranto nasceu o rio-mar
E dizem mais
Jaçanã, bela como uma flor
Certa manhã viu ser proibido o seu amor
Pois o valente guerreiro
Por ela se apaixonou
Foi sacrificada pela ira do Pajé
E na vitória-régia
Ela se transformou
Quando chegava a primavera
A estação das flores
Havia uma festa de amores
Era tradição das amazonas
Mulheres guerreiras
Aquele ambiente de alegria
Só terminava ao raiar do dia
Ô skindô lalá,
Ô skindô lelê,
Olha só quem vem lá
É o saci pererê.



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LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA


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