Por: Raimundo Gonçalves
O garoto sonhador tinha na mente a certeza que seria um jogador de futebol. Seu pai além de ser seu xodó nesse sonho era o alimentador da vontade do garoto. Ele tinha habilidade no futebol de salão e no futebol de campo. O Americano foi à base da sua história de adolescente. Depois o teste no Internacional (RS), outros vários clubes fizeram parte da sua história, mas foi no Corinthians que o nosso craque realizou o sonho de jogar em um clube grande e pisar no manto sagrado do Maracanã como jogador de futebol. Hergos Ritor Fróes de Couto, ou Hergos.
Garoto santareno, filho de um dos desportistas mais renomados da cidade, o azulino de coração, Agostinho Couto.
Tudo começou na própria casa. Tinha seu pai como incentivador, ele o ajudava a executar alguns dos fundamentos do futebol, a condução, o drible, o cabeceio e o chute, estimulado para ser executado com ambos os pés. Com seu irmão mais velho, as brincadeiras de bola, as plantas da mamãe, as lâmpadas quebradas na garagem, as paredes marcadas, sua mãe ficava uma fera, mas o pai sempre conciliava as coisas por gostar se futebol. No campinho improvisado, o jogo de bola acontecia. Constantemente, no final do dia, Hergos esperava o pai chegar do trabalho e enquanto ele tomava seu banho, ele aproveitava para contar-lhe das suas jogadas, seus gols e dos seus sonhos em jogar futebol, substituindo seu grande ídolo Zico, imaginando ouvir a multidão gritando, o seu nome e ser reconhecidamente um grande jogador do Brasil. Seu pai ouvia atenciosamente as suas histórias e comentava das suas muitas viagens pelas regiões sul e sudeste do país e salientava que o seu sonho era muito difícil de se realizar, pois moravam muito longe dos grandes centros e que nestes havia muitos garotos bons de bola como ele. Apesar de ouvir estes relatos atentamente, Hergos não desanimava, pois seu sonho era muito vivo e forte. Com 10 anos de idade no colégio, se unia aos garotos que tinham o gosto pelo futebol.
Tudo começou na própria casa. Tinha seu pai como incentivador, ele o ajudava a executar alguns dos fundamentos do futebol, a condução, o drible, o cabeceio e o chute, estimulado para ser executado com ambos os pés. Com seu irmão mais velho, as brincadeiras de bola, as plantas da mamãe, as lâmpadas quebradas na garagem, as paredes marcadas, sua mãe ficava uma fera, mas o pai sempre conciliava as coisas por gostar se futebol. No campinho improvisado, o jogo de bola acontecia. Constantemente, no final do dia, Hergos esperava o pai chegar do trabalho e enquanto ele tomava seu banho, ele aproveitava para contar-lhe das suas jogadas, seus gols e dos seus sonhos em jogar futebol, substituindo seu grande ídolo Zico, imaginando ouvir a multidão gritando, o seu nome e ser reconhecidamente um grande jogador do Brasil. Seu pai ouvia atenciosamente as suas histórias e comentava das suas muitas viagens pelas regiões sul e sudeste do país e salientava que o seu sonho era muito difícil de se realizar, pois moravam muito longe dos grandes centros e que nestes havia muitos garotos bons de bola como ele. Apesar de ouvir estes relatos atentamente, Hergos não desanimava, pois seu sonho era muito vivo e forte. Com 10 anos de idade no colégio, se unia aos garotos que tinham o gosto pelo futebol.
O futebol de salão era o esporte mais praticado e Hergos levava muito a sério e assim conquistavam seguidamente alguns troféus de campeões.
Com 14 anos, iniciou a jogar no time Juvenil do Americano para em seguida ganhar a posição de titular na categoria principal. Jogou ao lado de Jorge, Jóia, Chicão, Vanderly, Mano, Oscar, Banico, Thiago Amorim, Saracura, Valdeci, entre outros. Com 15 anos mudou-se para a capital do Estado do Pará, Belém, estava prestes a terminar o colegial, seus pais incentivaram a continuidade dos estudos em Belém, onde havia universidades e faculdades, Santarém ainda não tinha.
No colégio estimulava a prática de esportes e constantemente se envolvia em campeonatos estudantis, e ele sempre marcando a sua presença com a bola. Na época, seu pai comentou sobre ele, do comerciante conhecido, que morava em Porto Alegre, este se interessou pela história do garoto e conseguiu que o mesmo fizesse um teste no Internacional do (RS). Participou da peneirada, com mais de 200 candidatos. Dedicação não faltou ao nosso garoto e seu nome foi chamado pelo técnico, que o elogiou da sua técnica, visão de jogo, mas ele não teria chance no elenco, pois os jogadores do sul eram mais fortes fisicamente, Hergos era franzino e de um outro Estado, daria custos ao clube. Voltou para Belém e retornou aos estudos, não queria mais jogar, se sentiu desestimulado. Levantou o seu astral ao ser convidado a integrar a seleção estudantil paraense nos jogos estudantis brasileiro.
No colégio estimulava a prática de esportes e constantemente se envolvia em campeonatos estudantis, e ele sempre marcando a sua presença com a bola. Na época, seu pai comentou sobre ele, do comerciante conhecido, que morava em Porto Alegre, este se interessou pela história do garoto e conseguiu que o mesmo fizesse um teste no Internacional do (RS). Participou da peneirada, com mais de 200 candidatos. Dedicação não faltou ao nosso garoto e seu nome foi chamado pelo técnico, que o elogiou da sua técnica, visão de jogo, mas ele não teria chance no elenco, pois os jogadores do sul eram mais fortes fisicamente, Hergos era franzino e de um outro Estado, daria custos ao clube. Voltou para Belém e retornou aos estudos, não queria mais jogar, se sentiu desestimulado. Levantou o seu astral ao ser convidado a integrar a seleção estudantil paraense nos jogos estudantis brasileiro.
Com um desempenho espetacular, Hergos impressionou o treinador da seleção, que prometeu a levá-lo a um dos clubes de maior expressão do futebol paraense para fazer testes nas categorias amadoras. Feliz com o sucesso de imagem e no final de 1988, Hergos voltou de férias a Santarém, e relatou tudo ao seu pai, sobre o que havia acontecido. Empolgado com tudo, o futebol lhe floresceu novamente. Foi quando seu pai Agostinho comentou sobre um fornecedor seu, de artigos esportivos, que tinha um filho diretor de basquete do Corinthians (SP). Que num contato com o departamento do futebol amador conseguiu um teste para Hergos na categoria juvenil. Nosso craque ficou feliz com a noticia do pai. Começava a chance de jogar em um grande clube. No inicio de 1989, Hergos retorna a Belém, seu pai levou até o aeroporto, e no trajeto deu alguns conselhos, sobre boas condutas e comportamentos com as pessoas e ainda de maneira incisiva sobre a aproveitar a oportunidade surgida, pois esta seria a sua última chance em realizar o seu desejo. Tranqüilizou-o, pedindo que acreditasse em nele. Em São Paulo, Foi ao endereço do amigo de seu pai, o mesmo o recebeu em sua casa e levou Hergos para fazer o teste no clube. Na 1ª fase foi aprovado, e logo procurou um colégio para se matricular, não poderia esquecer o seu estudo. Depois de alguns dias na casa do amigo do meu pai, mudou-se para o alojamento do clube. Veio a auto-avaliação o treinador. Achou que tinha deixado uma ótima impressão.
Nos dias posteriores, mantive a regularidade. Foi aprovado. Passou a brilhar como titular no elenco de juniores do Corinthians. Tudo estava bem, aí veio uma contusão, a fratura na tíbia, que o afastou de campo e a recuperação foi melancólica. O silêncio frio e fino da solidão, nos quartos e nas salas do departamento médico. Ficou em recuperação por mais de quatro meses, e os olhares de desconfiança sobre meu retorno. Porém, com incentivo do meu pai, minha mãe e meus irmãos, eu não entregava os pontos. Algumas infiltrações, e recursos médicos avançados me recuperaram e passaram a treinar com o grupo dos profissionais.
Colocado numa partida amistosa entre os profissionais, contra uma equipe da cidade de Atibaia, ainda com 17 anos, foi convocado para entrar na equipe de profissional em um jogo do Campeonato Paulista daquele ano. Em seguida, veio o torneio Rio x São Paulo, onde o nosso craque estreou como profissional contra a Portuguesa de Desportos. Para o Campeonato Brasileiro de 1993, houve uma reestruturação do elenco profissional. O Timão começou bem, a equipe mantinha-se invicta durante boa parte da competição. Em uma ocasião 8 jogadores titulares estavam suspensos e não poderiam jogar a próxima partida contra o Flamengo no Rio de Janeiro. Ali acordado, Hergos roda o filme em sua mente, a equipe que torcia quando criança e onde jogara seu ídolo, Zico, o jogador que o inspirou a atuar no setor de meio campo.
O cenário fantasioso construído na imaginação de menino. No Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, contra o Flamengo, e não havia uma definição clara dos oito jogadores que iriam substituir os titulares, nem a imprensa local, sobre quais jogadores seriam escalados para o confronto. Hergos estava no meio dos convocados e depois escalado. Foram recebidos com retaliação por parte da torcida adversária. “Tudo parecia um sonho, o Maracanã lotado, Flamengo, meu time de coração da infância, e minha estréia como titular da equipe profissional do Corinthians, a realidade estava ali, aos meus olhos, aos meus pés.” No finalzinho do 1º tempo, o Mengão ganhava por 1x0. Hergos iniciou a jogada no meio de campo e arriscou ao setor ofensivo, houve um chute sem direção do jogador Rivaldo, a bola veio ao encontro do nosso craque, ele chutou, golaço, empatando a partida e a torcida corinthiana, que também lotava o Maracanã, fazia a maior festa. A realização de uma fantasia de menino, transformada em realidade no maior estádio do mundo, contra a equipe de maior torcida do Brasil, contra o time que torcia em sua infância. No dia seguinte, os jornais e as emissoras de TV mostravam o gol, a notícia corria todos os cantos do país, inclusive na cidade de Santarém. Depois deste fato, a promessa do treinador da equipe era a de que outras oportunidades surgiriam no próximo campeonato. Treinador foi embora e na sua volta de férias estava numa transação de empréstimo e troca de jogadores e, portanto não integraria o elenco do Corinthians naquele campeonato.
Foi para o Comercial, de Ribeirão Preto. Depois de encerrado meu empréstimo, retornei ao Corinthians e me mantive no elenco, posteriormente no ano de 1995 foi emprestado novamente a um clube da cidade de Sorocaba. Paralelamente a estes fatos, a formação acadêmica continuava, entrou para a Universidade na Faculdade de Engenharia Elétrica, não dispunha de recursos para custeá-la. Foi para Faculdade de Administração de Empresas ganhou a bolsa de estudos e em troca deveria jogar pela mesma quando houvesse jogos universitários. Saliento que, mesmo com dificuldade em conciliar meus estudos com a profissão de atleta, terminei minha formação em Administração de Empresas no Centro Universitário Sant’Anna, no ano de 1995. Depois de um golaço em uma vitória do seu time. Tornou-se manchete nos principais jornais e televisões do país naquele fim de semana. Depois foi a vez do Peru, mas não deu certo. Retornou ao Brasil.Veio a proposta de um clube chileno da primeira divisão.
Alguns meses depois voltou a São Paulo e continuou a estudar no ano de 2001, o curso de Educação Física no Centro Universitário Nove de Julho – UNINOVE. Em 2002, proposta de um empresário chinês, ainda chegou a viajar para Shangai.
E encerrou a carreira de jogador profissional. realizei um dos meus desejos de criança, quando encontrei o Zico em um dos aniversários do Sport Club Corinthians Paulista, na ocasião ele ocupava o cargo de Secretário de Esportes lhe pedi um autógrafo na contra capa do livro que contava a sua história como jogador de futebol, sentir emoção, aproveitei para falar-lhe de minha admiração e influência no meu estilo de jogar, ele com um sorriso sincero, desejou-me sucesso na carreira em forma de autógrafo. Deu continuidade ao seu projeto acadêmico no curso de Educação Física. Em 2003, ingressou no curso de pós-graduação de Administração e Marketing Esportivo pela Universidade Gama Filho – UGF, como já era bacharel em Administração de Empresas, estava amparado legalmente para cursá-lo. Em 2004, antes de terminar a faculdade em Educação Física, se matriculou como aluno especial no curso de mestrado em Educação Física na Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP e terminou a pós-graduação em Administração e Marketing Esportivo na Universidade Gama Filho - UGF. Concluindo o curso de Educação Física no Centro Universitário Nove de Julho, foi convidado para lecionar nesta instituição. No ano de 2005, foi lecionar na faculdade de Educação Física com as disciplinas de Futebol, Gestão de Eventos Esportivos e Organização, Administração e Marketing Esportivo.
Para depois concluir outra especialização em Metodologia do Treinamento e Aprendizagem do Futebol e Futsal pela Universidade Gama Filho - UGF. Com disposição de um guerreiro, prestou concurso para a Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo e fui aprovado. Em, 2006 fui convidado a integrar o corpo docente da Universidade Cidade de São Paulo - UNICID para trabalhar no curso de Educação Física e ingressou como aluno regular no programa de mestrado da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP. Assumi o cargo na Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo, fui contemplado pelo programa “Bolsa Mestrado” e pude desenvolver, na linha de pesquisa em Corporeidade e Lazer. Podemos admirar e parabenizar a garra desse homem guerreiro, que mesmo seu pai tendo posses normais para garantir o seu futuro profissional, dedicou-se a vencer pelo seu talento e dedicação. Passando pro provações diversas, mas mantendo a humildade de uma família próspera em formação familiar e espiritual. Realizando seu sonho de jogador e de aluno de uma Universidade, hoje professor. Uma história de vitória que servirá a muitos jovens que não prosseguem por falta de recursos e possibilidades. Hergos mostrou: Que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Hergos mora em São Paulo, mas Santarém continua sua terra querida. Nas férias está sempre com a família.