DIVIRTA-SE COM ESSE JOGO

O PANTERA ESTÁ NU


Por: Raimundo Gonçalves
Capítulo 1
O ano 2012 começou para o Pantera como o diabo gosta. Desentendimento na diretoria, falcatruas aparecendo de todas as cores, fraude em documentos, estelionatário, descumprimentos de pagamentos obrigatórios, enfim para que falar bonito, emissão de cheques sem fundos a jogadores, parceiros do clube, prestadores de serviços e negociatas indevidas. Assim a imprensa noticiava a toda hora. Nenhuma atitude por parte do Conselho deliberativo era tomada, sobre as prestações de contas do senhor presidente, pois, ninguém sabia o que era verdade.
 Versículo I
 Mas, quando foi divulgado pela imprensa, como uma bomba alvinegra, que diretores do clube, negociavam na capital e em outros estados, a venda do patrimônio do São Raimundo, alguns abnegados que de fato demonstram credibilidade pessoal decente, se manifestaram a favor de uma tomada de atitude contra o atual presidente, como por exemplo, exigir do mesmo as prestações de contas dos anos que está presidindo o clube, já que o presidente do Conselho era conivente as irregularidades praticadas até então. Tais diretores revoltados vendo o nome do clube na lama de falcatruas se tornaram oposição para lutar contra a atual gestão.
Versículo II

 Segundo seus relatos, pensando no melhor para o São Raimundo e ainda prestigiando as boas coisas feitas no passado ao clube, pelo Sr Rosinaldo do Vale, esses abnegados levaram ao presidente os nomes dos notáveis alvinegros que ajudaram o São Raimundo a conquistar o 1º Título Brasileiro da Série D, comandado pelo Alberto Tolentino, Jardel, Guimarães e Júnior Tapajós, entre outros, essa seria uma das soluções para tirar o Pantera do abismo escuro que se encontrava, logicamente com seus trabalhos. Segundo relatos dos diretores da conciliação, a resposta do presidente foi dura e cruel, com pessoas que só ajudaram o clube no cenário Nacional: “Quero distância desse pessoal no São Raimundo, enquanto eu for presidente, eles jamais retornarão ao clube.” Quero dizer que foram palavras mencionadas por pessoas de dentro do clube, que ouviram esse relato, se é verdade ou não, nada podemos firmar, mas que ouve um desentendimento com essa equipe e o presidente houve se não eles não teriam pedidos para sair do clube, como informaram publicamente a imprensa. Diante dessa recusa, diretores oposicionistas e torcedores se revoltaram com a atitude do presidente e passaram a agir com várias formas de protesto.

Versículo III
  
Membros diretores colocaram na justiça o presidente, sobre a legação de falta de prestação de contas dentro do clube, que até hoje está em pauta na justiça. Enquanto os torcedores se manifestavam nas ruas e na imprensa defendendo a volta da Comissão de Futebol e a saída de Rosinaldo do Vale. Sem acordo de conciliação, a ação na justiça procedeu e os torcedores consolidavam a hostilizar o presidente do São Raimundo e ao presidente do Conselho Deliberativo como pessoas “non grata” ao clube alvinegro.

CAPÍTULO 2

Como é do conhecimento de todos os alvinegros, uma Junta Governativa foi criada para moralizar o Clube, com novas pretensões de fortalecer o São Raimundo com uma nova gestão ética e que de fato trabalhasse para o clube alvinegro. Com base no seu modificado Estatuto foi tomando novas atitudes, inclusive o afastamento do presidente, que se encontrava de licença. A Junta Governativa se organizou para que o time de futebol ganhasse uma nova vida real, ou seja, contratações dentro do nível da sua atual receita para que o clube tivesse condições de cumprir legalmente o pagamento da folha com os jogadores que seriam contratados. A idéia era fazer um elenco com jogadores da região, com reforços de qualidade de fora. Foi contratado técnico Campeão Brasileiro pelo Pantera, Lúcio Santarém, e a concentração do elenco na cidade de Belterra para que o clube tivesse uma pré-temporada substancial para se manter na Elite do Paraense e quem sabe até disputar o título. Seu advogado Odemar Pinto, negociou e programou os débitos do clube e começou a pagar normalmente conforme a condição da receita do clube.

Capítulo 3

Entra na briga de surpresa, uma equipe, que até certo ponto do noticiário, não se sabia quem era que se unira com o presidente Rosinaldo do Vale para voltar a comandar o time do São Raimundo, pois segundo outros relatos de pessoas de dentro dessa nova comissão, eles voltavas por amor ao clube, pois na imaginação deles, o São Raimundo estaria jogando pro ar seu nome e suas conquistas com a Nova Junta, que não teria substancial para fazer um elenco vencedor, e eles teriam que entrar logo, antes do clube se afundar de vez. Seria mentira ou verdade? Pasmem? A cidade, a torcida, os diretores oposicionistas a imprensa tiveram conhecimento de quem era os novos abnegados cheios de amor ao clube, juntamente com Rosinaldo do Vale: Alberto Tolentino, Jardel Guimarães, Júnior Tapajós e André Cavalcante. Todos que foram hostilizados pelo presidente. A torcida não acreditava, não era verdade, abnegados considerados ídolos pelos torcedores, estavam voltando, mas junto com o seu algoz, aquele que a torcida odeia por causa deles. Muito se comentou, mas porque o presidente se aliou a eles, se não queria nem vê-los a distância, e eles porque aceitaram tão humilhante situação pública esportiva?
 
Versículo I  

Amigos, parceiros e gente muito chegada a eles disseram: Foi por amor ao clube, não pensaram duas vezes em aceitar, somente para ajudar o clube a ser novamente um Campeão de moral no Pará. É para os torcedores esquecer o Rosinaldo do vale e focar neles, que tudo farão para o São Raimundo subir ainda mais o seu prestígio no futebol brasileiro. Por amor! Torcedores começaram a se dividir, uns até aceitavam, mas outros queriam ver de fato se alguma coisa iria mudar para melhor. Foi quando a notícia mais atroz veio a público num Domingo calmo e negro. Parte dessa mesma comissão comandada pelo presidente Rosinaldo do Vale arrombavam as portas da sede do clube, ainda responsabilizada pela Junta Governativa, retirando e trocando cadeados das entradas, pois já sabiam que um juiz em Belém tinha dado o sinal legal para a volta do presidente e agora a sua nova equipe de trabalho no futebol. Torcedores e abnegados que passavam por perto da sede, se revoltaram com a atitude brusca tomada pelo novo comando, e protestaram e de lá saíram com a certeza, que aqueles abnegados tão queridos dos torcedores, não eram os mesmos junto com Rosinaldo do Vale. Então veio a pergunta: Em que mãos vão ficar o São Raimundo Valente de Guerra?
VERSÍCULO II
Mandando no clube a nova Comissão foi em busca de novas contratações e começou a demitir jogadores e o treinador Lúcio Santarém. Qual foi o seu pedado: Das duas partidas que dirigiu, perdeu empatou no clássico RaixFran e perdeu em Belém para o Clube do Remo por 1x0. De lá pra cá o Pantera colecionou partidas decepcionantes permanecendo na tabela sempre em ultimo lugar na chave de turno e na chave geral de classificação. A torcida mostrou a eles que voltaram por amor, o que de fato era amor pelo clube. Mesmo com o futebol medíocre em campo, ia ao estádio incentivar os jogadores sonolentos e sem reação. Saiu de Santarém para fazer seus jogos fora totalmente desacreditados. Algo sobrou dos altos, o São Raimundo tinha mais uma chance de se recompor com a Junta Governativa, se o presidente não apresentasse a Prestação de Contas, a Junta governaria de novo. Mas aí veio do outro lado oposicionista o amor emocional: Vamos deixar como estar, para não prejudicar o time no campeonato e assim todos os mortos e feridos se salvaram.
Versículo III
 Algo estranho aconteceu em Tucuruí, longe da sua torcida conseguiu uma brilhante vitória de virada após está perdendo de 1x0, virou o jogo para 3x1 e por pouco não fez uma goleada histórica fora de casa. Chegou a Cametá cheio de moral e segundo os cronistas e diretores só não ganhou por infelicidade, pois foi melhor em campo do que o adversário, no empate em 1x1. Porém, para aqueles que amam verdadeiramente o clube alvinegro a história estava mudando, torcedores estavam esquecendo as demandas negativas desse comando e com as belas apresentações, segundo as informações dos jogos de fora de casa. Acreditaram numa classificação e até em decidir o título, porque não?

CAPÍTULO FINAL
Um clube que está nas ultimas colocações, durante quase todo campeonato, ganha uma partida fora casa e tem chances de ir para uma final, conhecendo como eu conheço a torcida alvinegra, eu não tinha dúvida que ela estaria presente no Colosso do Tapajós com todo o seu incentivo. E fez isso com amor e com esperança que os jogadores se doassem em campo como ela dava se doando nas arquibancadas. Foi triste e melancólico, foi bizarro, foi indecente, foi pura sacanagem de certos jogadores, o torcedor virou palhaço, tentando empurrar um time sem ânimo, sem coragem, sem profissionalismo e sem vergonha. Um barco sem leme, com um casco a deriva sem comandante. Nunca tinha visto um elenco do Paysandu tão simples, tão fraco, sem recursos técnicos, e o São Raimundo precisando da vitória e jogando em casa com todo o apoio de mais de 6 mil torcedores, conseguiu ser pior que o Papão. Neste momento o São Raimundo está sem nenhuma competição para jogar neste ano, que ainda mal começou. E segue seu torturante destino, com um respaldo final abrangente: Caiu para a Segunda Divisão. O que vai acontecer daqui pra frente? Vocês diretores que usaram o amor emocional ao clube para não prejudicar a equipe no campeonato. Em que lugar o clube ficou mesmo? E vocês nobres diretores que voltaram por amor, aonde deixaram o clube mesmo? O que preocupa é acreditar nesse amor, agora tudo acabou. Vão entregar o clube com um débito maior que o seu patrimônio, ou vão ficar para trabalhar e normalizar seus débitos como era o desejo da Junta, até se fazer uma nova eleição para a presidência do clube? Agora não adianta achar culpados. Está na hora de moralizar a gestão do clube, os que morrem de amores pelo Pantera se unir e trazer o São Raimundo de Volta de onde ele nunca poderia ter saído. E não venham com consolação de que ninguém cai para 2013, que isso pode ser normal, mas não é legal para os que buscam seu lugar de qualidade, lutando por seu ideal nas vitórias conquistadas.         
Santarém, 04 de Abril de 2012.
Raimundo Gonçalves    
 

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