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HOMENAGEM A CABECINHA


30 de Novembro de 2011 ficará marcado em Santarém, como o dia da Manifestação Nacional do Plebiscito, prol Tapajós, acobertado pela Rede Globo de televisão. Como a importância do Plebiscito, em nossa vida, não poderia deixar passar, outro acontecimento marcante no futebol santareno e alenquerense. Neste mesmo dia, o artilheiro dos artilheiros completou 60 anos de vida. E poderia passar em como já passou para muitos novos torcedores, este nome em anonimato: José Luiz de Lima Rentes, mas, quando o seu apelido é colocado em cena, quem em Santarém não conhece o fabuloso: Cabecinha. Santareno de coração, alenquerense de nascimento, Cabecinha começou a se destacar entre os adultos, pelo Flamengo de Alenquer. Alguns engraçadinhos diziam que ele era titular, por que o time era do seu Pai, saudoso Manoel Rente. Quando viram o garoto com fome de gols, calaram e gritaram o seu nome.

Aassim como Chico Coimbra, Osmar Simões e Bené Bicudo, quando viram e levaram o craque para o São Francisco. Começou a jogar campeonato pelo Leão em 1969, onde foi bi-campeão para no ano seguinte se consagrar como tri-campeão santareno. No momento mais brilhante do nosso craque ele participou de um elenco do Leão com grandes craques de alta qualidade como: Xabregas, Guajará, Helvécio, Maromba e Pedrinho Araújo; Valdo Abdala e Da Silva; Carlitinho, Cabecinha, Jeremias e Navarrinho. Cabecinha tirnou-se o  ídolos e artilheiro do São Francisco. Temido pelos zagueiros e goleiros da nossa cidade. Não foi difícil conquistar a torcida santarena com o seu talento e sua simpatia como um bom rapaz cheio de humildade.



Seu nome começou a se destacar na capital do estado e Osmar Simões e Dídimo Sousa foram os responsáveis pela sua transferência para o Clube do Remo da capital, juntamente com Cuca e Jeremias. Em Belém não foi fácil ele manter a performance de artilheiro, mas aos poucos foi ganhando posição. João Avelino começou a lançar nosso craque como ponta esquerda, Alcino era o centro avante. João Avelino queimou o nosso artilheiro, no clássico REXPA na decisão do certame de 1971. O Remo ganhava de 2x0 no 1º tempo. No 2º tempo, Lúcio Oliveira fez cera ao provocar uma contusão num momento que o Paysandu pressionava. Fora de campo, João Avelino se preocupou e mandou Cacinha baixar para a lateral, enquanto Lúcio ainda era atendido. Logo em seguida Cabecinha se ver rodeado de jogadores do Paysandu perto do escanteio do seu campo. A torcida gritava chuta pra lateral, mas o nosso craque resolveu dar uma gingada e bateu pra frente e caiu nos pés de Moreira, que fuzilou para diminui o placar. Com a pressão da torcida o treinador substituiu Cabecinha. E cometeu dois erros: Primeiro pegou corda da torcida, segundo, enfraqueceu o seu ataque com a saída de Cabecinha. E sabem o que aconteceu: O Paysandu virou para 3x2. Cabeça se recupera dentro do Leão Azul belenense, quando foi uma das grandes atrações no Torneio Norte/Nordeste, quando se consagrou campeão em cima do Vila Nova. O Clube do Remo podia perder até por um gol a menos e perdeu de 2x1, mesmo assim foi o campeão e Cabecinha fez o gol.


Em 1973 foi vendido para o MAC (MA), onde jogou o campeonato maranhense e a seguir foi emprestado ao Paysandu para jogar no Brasileirão. Sua estréia foi contra o CRB com a vitória de 2x1, Cabecinha deixou o seu.  Em 1974 foi comprado pelo Sampaio Corrêa, onde ficou de 1974 a 1981, nestes sete anos foram tristezas e glórias. Títulos, troféus, artilharias, ídolo, conforto e paparicado nas ruas da capital e festejado nos gramados. Assediado por diversos clubes como: América (RJ), Fortaleza e Ferroviário (CE), Moto Clube (Ma), entre outros. Porém o que mais chamou atenção do Brasil nesse craque jogando pelo Sampaio Corrêa foi num jogo pelo Campeonato Brasileiro, quando enfrentou o Cruzeiro de Nelinho em pleno Mineirão. O clube estrelado já vencia o jogo no 1º tempo por 1x0. No 2º tempo, quando pensou em ampliar o placar surgiu o endiabrado artilheiro Cabecinha. Ganhou uma bola no meio de campo e partiu rumo ao gol adversário. Driblou quatro adversários com o goleiro e marcou um gol de placa, considerado na época pela Rede Globo, como “o Gol do Fantástico”. O Brasil ficou conhecendo o nosso querido Cabecinha, e o Noroeste se encantou pelo atacante e contratou por 2 milhões de Cruzeiros.

O frio, o treinador que só gostava de trabalhar com jogadores jovens foram às principais da volta do atacante para o Sampaio, aonde conquistou o seu ultimo título maranhense. Louco para voltar para a sua cidade aceitou ser emprestado para a Tuna Luso. Em Belém novamente se destacou como artilheiro, não conseguiu passar do atacante Cabinho do Paysandu, mas foi o artilheiro da Lusa. Depois da temporada na Tuna, apareceu o saudoso Luiz Araújo e o levou para defender o Isabelense. Apesar dos quase 30 anos de idade, Cabecinha ainda era um atacante perigoso e levou o clube ao destaque no Campeonato. A vontade de retornar a Santarém Fez com que Cabecinha se despedisse do futebol de profissionais em Santa Isabel e retornou a Terra Querida diretamente para o São Francisco, onde ainda jogou alguns anos como: 1984/85/86/ e 87. Depois de quase 15 anos fora de Santarém, voltou e fez parte dos elencos renovados do Leão, como: Raul, Laurimar, Mano, Chicão e Djair; Aleixo, Zerino e Elmanuel; Zerino, Cabecinha e Haroldinho. Ainda foi grande destaque nos campeonatos.  O ano de 87, Cabecinha se despediu dos gramados da 1ª Divisão. e foi ser treinador de futebol. Treinou o São Francisco, São Raimundo e Fluminense. Depois ficou jogando nos finais de semana pelos times de peladas. Atualmente ainda joga no Máster do São Francisco. Hoje trabalhando como funcionário Público Municipal, Cabecinha segue a vida normal com sua família: Sua esposa companheira de todas as horas, Cleucy, as filhas, Andréa, Ana Shirley e o filho Adriano. Logicamente que não poderia faltar a alegria que sente com suas queridas netinhas, Ana Carolina e Luana.   




Santarém, 09 de Novembro de 2011.

Raimundo Gonçalves.

TRADUTOR DE BLOG