Neste Domingo, 30 de Outubro de 2011, cantemos parabéns pra você nesta data querida, muitos anos de vida e felicidade, de conquistas e títulos. Saudamos com méritos da galhardia aos nobres atletas valorosos, que foram os principais criadores do clube mais antigo e que permanece em atividade esportiva na nossa cidade. Miguel, Adalgiso e Otávio Paixão, irmãos que amaram e defenderam com muita honra as cores azulinas, desde os anos 20. Além do Guilherme Colares e Rafael Santana foram os mais destacados como atletas, diretores criadores do clube. Fica com a honra maior o líder de todos os azulinos, Liberalino Machado, que além de assumir a idéia do nascimento do clube, tinha também o trabalho de limpar a área em frente a sua residência, de baixo de uma primorosa amendoeira, que ofertava uma sombra com um clima muito melhor do que aparelhos de ar. Lá foram realizadas as primeiras reuniões do São Francisco. Este local ficava bem perto da Travessa, João Otaviano de Matos. Liberalino Machado era um excelente sapateiro, conhecido na cidade pelo seu talento e de sua capacidade de fazer boas amizades, por isso tornou-se um líder entre os jovens azulinos.
O PRIMEIRO JOGO OFICIAL
O São Francisco começou com pé direito na sua estréia como um clube da nossa cidade, teve como adversário o Poeirão. Clube existente desde 1921. Não temos oficialmente a data deste jogo, presume-se que foi realizado em um Domingo pela parte da manhã, pois era normas esse horário ter jogo no campo do Paysandu, onde foi realizada a partida. Este campo era na Av. Mendonça Furtado, em uma área, onde hoje está o tradicional Colégio Batista de Santarém. Apesar da partida ter sido um grande confronto, o placar também foi notável para o Leão, pois o clube fazia o seu 1º jogo da sua história, naquele Domingo. A vitória de 3x1 serviu como um banho de energia para os jovens sonhadores, pois ali nascia um grande clube na nossa cidade. Os avançados atacantes, Otávio, Guilherme e Tutu foram os autores dos gols da primeira vitória do São Francisco Futebol Clube.
O time de estréia do Leão foi a campo com: nomes e como eram conhecidos na época: Raimundo (Bacatela), Zacarias Reis e Antonio Pereira; Manoel Rafael Santana (Faéco), Adalgiso Paixão e Domingo Rayol (Dominguinho); Liberalino Machado, Guilherme Colares, Otávio Paixão, Raimundo Matos e Tertuliano Pinto (Tutu). Vale ressaltar que o lateral Faéco era o pai de Bena Santana, nosso glorioso repórter. Anos depois apareceu no clube azulino, aquele jogador diferenciado, que fez a sua história com vitórias consagradoras e causos de se fechar a boca antes de rir ou de refletir. Conhecido Edno Balão, pai do jogador Bosco e Binga. Iniciou como zagueiro, um xerife bom de bola e bom de raça, comandou seus companheiros com sua liderança, às vezes exagerada, mas como jogava muito, todos o respeitavam. Quando faltou artilheiro, lá estava ele marcando os gols, que o seu Leão precisava para vencer. Foi o nome da época no clube azulino.
O PRIMEIRO TÍTULO OFICIAL
Foi em 1950, que o São Francisco conquistou o seu primeiro título oficial, que se confunde o elenco campeão, com os demais esquadrões, que vieram logo a seguir conquistando outros títulos seguidos. Neste ano foi só comemoração foram sete títulos consecutivos, que lhe deram o consagrado heptacampeão santareno de futebol, em 1956. O que podemos mencionar com certeza é que esses atletas abnegados azulinos, que vamos discriminar abaixo fizeram parte destas sensacionais conquistas, nestes sete anos de histórias comemorativas: Quebra, Cecebuta, Manoel Luiz, Búfalo, Jó, Romana, Vadinho, Zé Maria Pretinho, Pedrosa, Coró, Geraldo, Manduca, Ubaldo, Wilson, Dedê e Russo. Destaque maior para a linha-média, ou seja, linha de Ralf (Lateral direito, Cabeça de área e Lateral esquerdo para Búfalo, Jó e Romana.
ELENCO DE OURO AZULINO
Nos anos 60 e 70 foi com certeza os anos que o Leão Azul santareno formou o elenco de todos os tempos, quando foi tri-campeão de 68/69 e 70. Era um clube preparado fora e dentro de campo. Formou uma diretoria séria e que dava valor ao social dentro do clube, que se preocupava com a formação de seus jogadores. Para não sermos injusto com alguns beneméritos diretores da época, mencionaremos alguns representando os que não forem descritos: Dídimo Sousa, Francisco Coimbra, Otaviano Matos, Edenmar Machado, Osmar Simões, Otávio Pereira, Sabastião Caldeira, José Aquino, Joaquim Gonçalves, Agostinho Couto, Fortunato Serruya, Washington Gonçalves, Lucivaldo leal, Benedito Guimarães, Alberto Diniz, entre outros. Não deixaríamos de citar também, torcedores que podem representar os demais azulinos fervorosos das arquibancadas ou da beira do campo como: Expedito Toscano, a voz de tenor, que fazia a mesma vibrar aos ouvidos de seus guerreiros em campo, Caçula, Felix leiteiro, não falasse do Leão perto dele, levaria muitos xingamentos impróprios para menores, João Bolota, Antonio Beçoló, Eduardo campos Roxinho, Tubarão, Braulinho, entre outros roxos de azul.
Desse elenco extraordinário, chegou da vizinha cidade de Alenquer um craque de grande personalidade e humildade, que fez dos seus gols as conquistas azulinas mais brilhantes nos anos 60/70, o artilheiro Cabecinha, que brilhou nos gramados de Belém e de outros estados e fez parte desses magníficos esquadrões que chegaram a jogar entre se, no confronto para entrega de faixas. O time Azul e Branco: Xabregas, Guajará, Maromba, Darinta e Cuca; Abdala, Da Silva e Jeremias; Edu, Cabecinha e Navarrinho. Time Branco e Azul: Edimar, (Galo), Gadelha, Chico Lins, Paulo César e Pedrinho Araújo; Pão Doce, Mirandinha e Afonso Cupu; Carlitinho, Odilson e Arinos. Acreditem, tinha mais jogadores fazendo parte destas conquistas, uns estavam ausentes da cidade, outros não conseguimos identificar. Helvécio, Bimba, Emanuel, Zé Luiz, Domingos, entre outros estão na história doclube.
LEÃO 2000 A VOLTA POR CIMA
Jovens abnegados assumiram a renascença do Leão azul no futebol santareno. Uma linha forte comandado por Eddie Ribeiro, Bruno Moura, Mathias Júnior, Nerivaldo César, Alencar Pinto, João Batista Miléo e Milton Maia Gonçalves estão representando muito bem os demais abnegados azulinos. O clube respirou e voltou a ser campeão amador e fez florar o sonho de voltar a ter a sua sede e um campo de treinamentos para o futuro São Francisco. Não foi fácil, adormecido depois da queda por falta de atitude honrosa de alguns diretores, que não lutaram pela causa como o clube merecia, deixaram ir ao fundo do poço. Novas vozes aclamaram a volta do Leão e com muito trabalho um grupo de desportistas muito dedicados assumiram a responsabilidade da sua volta com o slogan:
Rodrigão foi a boa promessas de gols e é o artilheiro do clube azulino, jovem de raça e muito figor físico, com faro de gol. O Leão está Vivo. Torcedores estão voltando aos poucos, uns festejando, ainda sem acreditar no que está vendo. Mas, a realidade é que o São Francisco voltou e com muita galhardia foi um dos melhores na classificação para prosseguir no Campeonato Paraense e com um time meio caseiro vem dando o que falar na luta para a classificação. Na sua 1ª partida fora de casa venceu o Castanhal por 2x1 e perdeu para o Abaité por apenas 1x0. Significa que está preparado para enfrentar a Tuna Luso de igual pra igual no Colosso e avançar para a Elite do Parazão. Agora só falta a sua torcida reconhecer o mérito da equipe se fazer como o 12º jogador enchendo o Colosso do Tapajós no próximo compromisso do Leão.
Parabéns São Francisco, Parabéns torcedores pelo 82 anos de história na Terra Querida, Pérola doTapajós futura capital do Tapajós.
Santarém, 30 de Outubro de 2011.
Raimundo Gonçalves.







